O dia P – Parte 3
Depois do diagnóstico da dra. Julieta, fomos para a sala de cirurgia, depois dos beijos e desejos de boa sorte dos meus pais e irmão.
Fui naquela maca com rodinhas que aparece nos filmes e novelas quando alguma mulher vai ter bebê, sabem? 🙂 Levaram o Celinho para outra sala, pra ele colocar aquela roupa de médico antes de entrar na sala de cirurgia.
Depois que me colocaram na cama onde a cesárea ia ser feita, a anestesista falou pra eu virar de lado, e as dores das contrações aumentaram ainda mais. Eu não via a hora da anestesia fazer efeito logo! E fez, pro meu alívio!
O Celinho demorou a aparecer na sala e a dra. Julieta falou que não ia poder esperá-lo porque a Amandinha tinha que sair lá de dentro logo. E eu lá, imaginando que as enfermeiras não tinham ido buscar o Celinho e ele estava lá mofando, esperando alguém dizer que ele podia entrar na sala.
E não deu outra. Foi isso mesmo que aconteceu. Ele trocou de roupa e ficou esperando, mas ninguém foi chamá-lo. Aí, ele saiu de onde estava pra saber se podia entrar na sala de cirurgia e uma enfermeira disse que ele não podia ter saído e falou pra ele trocar de roupa de novo.
Mas ele conseguiu entrar na sala de cirurgia a tempo de uma das médicas tirar uma foto de nós dois, enquanto elas abriam a minha barriga:
Eu e Celinho na sala de cirurgia. A Amandinha já estava quase chegando!
Uns 5 minutos depois, a médica chamou o Celinho pra ver a Amandinha saindo. Foi bem rápido! Ele tirou algumas fotos e, depois que já tinham cortado o cordão umbilical dela, abaixaram o pano que estava escondendo a cirurgia de mim e eu vi a minha pequerrucha. Nossa, não tem emoção igual, gente! Olhar aquela menininha tão pequetitinha, que se desenvolveu dentro de mim, fez meu coração disparar e as lágrimas rolarem instantaneamente! E eu lembro de ter falado pra ela: “Oi, minha filhinha. Você é linda!”
Depois levaram-na pra uma caminha que tinha ao lado, pra limpá-la e retirar o mecônio que ela tinha inalado. Aí que ela começou a chorar, porque a pediatra teve que enfiar um tubinho pelo nariz dela. Gente, que chorinho lindo! Tão baixinho… A emoção foi mais forte ainda, e a vontade de pegar minha filhinha nos braços só aumentou!
Depois de limpinha, trouxeram a minha pequena pra eu dar meu primeiro abraço nela. Ai, que coisa gostosa e indescritível! E o papai Celo virou fotógrafo profissional na hora e tirou essa foto digna de concurso de fotos! (Hehehehe! Modesta, né?)
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