E lá vem mais uma parte!
Esqueci de falar no post anterior sobre como era a dor das contrações. Até eu ir para a sala de pré-parto (por volta de 15h, se não me engano), a dor era forte, mas suportável. Quando vinha uma contração, eu me virava de lado e pressionava a lombar, com o punho fechado. Isso durava cerca de 15 segundos, e a dor passava. A dra. chegou a falar que eu estava muito tranquila pra estar em trabalho de parto.
Mas na hora em que fui para a sala de pré-parto, as dores começaram a ficar muito fortes. A dra. deve ter percebido que minha fisionomia mudou (pra pior) quando as contrações vinham, e falou que ia chamar o anestesista pra aliviar minhas dores. Nesse momento eu estava com 4cm de dilatação.
A anestesia
O momento da aplicação da anestesia não é nada legal. A aplicação é na coluna e é um pouco demorada e dolorida. Eu fiquei de lado, e o Celinho ficou na minha frente. Ele bem que tentou, mas não conseguiu esconder a cara de assustado quando viu o tamanho da agulha. Hehehehe! Quando eu vi a cara dele, resolvi fechar os olhos pra não me assustar também.
A anestesia logo fez efeito, e veio o alívio! Ah, que maravilha parar de sentir as dores das contrações! Esse tipo de anestesia somente tira as dores, mas não tira a sensibilidade das pernas (como acontece no caso de cesárea). Mas minha perna esquerda ficou bastante dormente, com aquela sensação de formigamento. Quando a médica foi me examinar depois da anestesia, eu nem consegui ficar com a perna esquerda dobrada, já que não a estava sentindo direito. Nesse momento me bateu novamente uma insegurança, pois achei que não fosse conseguir fazer a força necessária para o parto normal com a perna naquelas condições.
Depois da anestesia, passei a sentir as contrações apenas porque fiquei com a mão em cima da barriga, aí sentia que ela ficava mais dura de vez em quando. Mas eu ainda não sentia vontade alguma de fazer força.
Batimentos cardíacos acelerados
Algum tempo depois (e já sentindo minha perna esquerda novamente), a dra. sugeriu que eu ficasse sentada com perninhas de chinês e fizesse força quando viessem as contrações, para que a Letícia descesse mais. A auxiliar que estava acompanhando a dra. nos explicou que o bebê vai descendo com o movimento de um parafuso, e que somente quando o rosto do bebê está para a frente é que ele está pronto pra nascer.
Fiz o que a dra. sugeriu, e um tempo depois, quando ela veio me examinar (ela sempre fazia o exame de toque e ouvia os batimentos cardíacos da Letícia), viu que os batimentos da Letícia tinham subido bastante, de 150bpm para 180bpm.
Naquele momento, ela ligou para o pediatra, pedindo para ele ir para a maternidade, e me falou que se os batimentos dela continuassem altos, seria mais seguro fazer cesárea.
Eram umas 16h30, e com a possibilidade de eu ir para a cesárea logo depois que o pediatra chegasse, liguei para a minha mãe e falei pra ela ir para a maternidade com a Amanda por volta de 17h30. E assim ela fez.
Porém, para nossa felicidade, antes mesmo do pediatra chegar, a dra. me examinou novamente e viu que os batimentos da Letícia já tinham voltado ao normal. Imagino que o esforço que fiz ao ficar sentada e fazendo força possam ter acelerado o coraçãozinho da nossa filhinha.
Bem, com os batimentos cardíacos normais novamente e dilatação aumentando, continuamos com o foco no parto normal. Mas as dores das contrações estavam voltando, e fortes. Então, o anestesista me deu mais uma dose de anestesia. Mas dessa vez, acho que usou substâncias diferentes e mais leves, pois não fiquei com a perna formigando.
E a bolsa não estourou
Diferente do parto da Amanda, dessa vez minha bolsa não estourou. Pra quem não lembra ou não acompanhou na época, na vez da Amanda a primeira coisa que aconteceu foi minha bolsa estourar. A partir daí é que vieram as contrações. Com a Letícia, como falei anteriormente, comecei a sentir as contrações, mas a bolsa não estourou. A médica é que a estourou com uma espátula pontuda quando a minha dilatação já estava mais adiantada (acho que com uns 8cm).
A seguir, cenas do próximo post…
Pingback: Relato dos partos da Amanda e da Letícia (cesárea e parto normal) | Família Quadrada