Segundo o Dicionário Aulete, decepção é o “sentimento de tristeza ou frustação ante o fracasso de expectativas“.
O mesmo dicionário informa que expectativa é a “espera baseada em probabilidade ou promessa de que algo seja feito ou aconteça”.
Pense nas últimas decepções que você teve em relação a alguém. Será que você tinha algum embasamento real para ter criado aquelas expectativas que foram frustradas? A pessoa que te decepcionou havia feito alguma promessa ou dado alguma probabilidade de que iria agir da forma como você esperava?
Muitas vezes, nos decepcionamos com alguém simplesmente por termos criado expectativas inadequadas com relação àquela pessoa.
Devemos tomar muito cuidado com a diferença entre desejo e expectativa. Uma coisa é desejar que alguém tenha determinadas atitudes; outra é ter alguma base para criar a expectativa de que a pessoa agirá como esperamos.
Quando, por exemplo, uma mulher deseja que seu marido lhe dê um buquê de flores no dia do primeiro aniversário de casamento, é normal que ela fique triste caso isso não aconteça, afinal esse é um sentimento inerente ao ser humano quando algo não sai como gostaríamos. No entanto, nesse caso, a mulher deve tomar cuidado para não transformar essa tristeza em decepção, caso seu cônjuge não tenha dado nenhum sinal anterior de que levaria flores naquele dia.
Finalizo este post com uma reflexão: será que as decepções que têm afetado a nossa vida não são frutos de expectativas criadas inadequadamente? Será que não seria o caso de conversarmos antes com as pessoas, para apresentar-lhes nossos desejos e confirmarmos se podemos ter a promessa ou, ao menos, a probabilidade de que aconteça o que esperamos?
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