Embora já tenha feito isso muitas vezes anteriormente, queria agradecer à Mônica por me agraciar com esta surpresa de declarar que sou seu mentor (acreditem, este título foi mesmo surpresa para mim). E, por tabela, vieram pessoas me surpreendendo com declarações de que servimos como referências para elas. E não vou escrever um post comum apenas dizendo o óbvio: “Ó, meu amor, você também é minha mentora!!!!”. Este fato e os acontecimentos do ano que passou permitiram que eu fizesse mais do que isso.
O blog, que nasceu para contar a história de um casamento, tem hoje, como grande motivação, conter o histórico de nossas filhas para elas mesmas, guardar nossas lembranças, falar de acertos e erros, rirmos e aprendermos. A consequência desta motivação deu origem inesperada a uma segunda motivação, da qual nos orgulhamos, que é o que relatam as pessoas com quem convivemos e que nos acompanham por aqui: passamos a escrever e contar histórias pensando em ser útil para elas. Um exemplo comum é o das mães com filhas que têm o mesmo problema que a Amanda teve no quadril (vejam “Amandinha engessada”).
De fevereiro de 2003 até hoje, muita coisa ao nosso redor mudou. Após duas apresentações sobre participação de negócios nas Redes Sociais da Ana Hofmann que assiti, vi que blog é algo simplesmente obsoleto! Sim, aqueles amantes de twitter e que já nasceram no facebook podem jogar pedras e dizer “dãããããããã”. Principalmente quando vejo este layout, concordo que estamos num formato obsoleto.
Nas aprensentações dela, abri os olhos para notar que poderíamos melhorar o blog, mas o mais valioso foi que ela me fez pensar não só no presente (o q fazer para modernizar o blog) e sim no futuro (como torná-lo eterno). Comecei a imaginar que este pode ser, daqui a 50 anos, o blog com maior tempo de existência, mesmo sendo simples, fora de modernas redes sociais, mas com conteúdo útil para quem precisar, que prioritariamente criamos para registrar o melhor de nossa família, porém sabemos que afeta positivamente outras pessoas.
E por que, pelo menos, não atualizamos mais vezes? Sim, falta de tempo. Aliás, no final de 2009 aprendemos que na verdade existe é falta de organização para aproveitar melhor o tempo. De lá pra cá, nós começamos a ler o livro e tentar assimilar lições de Christian Barbosa, conhecido consultor sobre administração do tempo. Olha, tá difícil, a gente tropeça muito, mas quando nos lembramos de 4 ou 5 anos atrás, vemos que hoje conseguimos administrar melhor tudo que precisamos fazer, principalmente com as meninas. A gente não esquece mais de comprar coisas no mercado, de pagar algumas contas, conseguimos tempo para ler mais livros e não ficamos mais protelando aquelas tarefas domésticas chaaaaaatas. Bom, este último item é uma meia verdade. hehehe 😉 Mas continuamos tentando, pois sabemos que temos muito a melhorar e muito a querer fazer.
Com mais tempo para ler, começamos, ainda que atraídos pelo acaso, a olhar para “áreas humanas”, ou seja, para assuntos diferentes de TI, como foi o caso de livros sobre criação de filhos. Um deles mereceu destaque aqui no blog como a metodologia para acalmar bebês do Dr. Harven Karp. Também houve contato com outros assuntos interessantes que lemos que despertaram em nós uma necessidade de buscar mais conhecimento para a gente melhorar nossa forma de pensar e se relacionar, com as meninas e com as pessoas. Foi o caso de um livro do Augusto Cury que não me recordo o título. Outro interessante foi a Lógica do Cisne Negro, sobre como se proteger de eventos de alto impacto e totalmente inesperados, de Nassim Nicholas Taleb. Pretendemos descrever aqui lições que estes e outros livros nos passaram.
Continuando a falar sobre modernizar o pensamento e não esquecer de pagar contas, em julho de 2008 a Mônica me deu um livro de aniversário totalmente inesperado. Ela confessa que comprou mais pelo título do que pelo assunto pois nunca falamos seriamente sobre finanças na época: Pai rico, pai pobre de Robert Kiyosaki. A partir dele, começamos a ler outros livros de Gustavo Cerbasi que nos ensinaram muitas coisas que ignorávamos ou pensávamos como alguém de 50 anos atrás.
Contudo, muito antes destes, tiveram muitas pessoas que contribuiram como nossos mentores. Cada um tem seu canto especial em nosso livro de lições aprendidas: são nossos pais, nossas filhas, nosso irmãos, demais familiares e amigos. Há também aqueles relâmpagos que cruzaram rápido nossas vidas, entregaram apenas um único tijolo para nossa estrada e saíram, mal temos notícias. Este ano que passou, iniciei uma espécie de “catalogação”, em forma de mapa mental, com nomes e lições aprendidas das pessoas que deixaram algum aprendizado. Ao ver, a Mônica gostou tanto que começou a fazer um para ela também. Quando sentamos e vimos o mapa mental do outro, nos surpreendemos positivamente e aprendemos muito. Este é um “trabalho” muito legal e praticamente eterno pois muitos continuam ensinando, e nós continuamos aprendendo.
Todo este enorme texto é para provar que mentores possuem mentores. Sempre que me deparei com um potencial mentor, eu busquei descobrir quem são os mentores dele, quem são os que ele segue e o porquê: este é o mais útil sentido de existência de uma rede social como twitter e centenas de outros, o resto é mero lazer.
A importante mensagem que gostaria de passar é que cada um de vocês é mentor de alguém. Vocês não sabem, mas eu sei. Não sou vidente, apenas acredito que existem passagens na vida de cada um que nos lê que serviram de lição para nós ou para alguém. Não precisa ser o senhor da razão nem aquele sujeito que erra nunca, sem defeitos.
Mentor é todo aquele sujeito que lhe faz pensar e refletir INVOLUNTARIAMENTE. Que fez a vida dele valer a pena porque deixou algo positivo na vida de outra pessoa.
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