Raul: uma lembrança de amor!

Casamento, Filhos  /   /  Por Mônica Japiassú

Nesses quase 11 anos de existência de nosso blog, acho que nunca falei sobre uma pessoinha muito especial que fez parte de minha família e nos trouxe um mundo de alegrias em apenas 2 anos: nosso querido Raulzinho, que esteve conosco entre 1992 e 1994.

Ontem foi o dia do aniversário terreno dele, e ele completaria 26 anos se ainda estivesse conosco. Como acredito que é sempre bom compartilhar sentimentos bons e puros, senti vontade de fazer um post em homenagem a tudo de bom que o Raulzinho trouxe não só para a nossa família, mas para todos que se relacionaram com ele!

 

Raul

Raul

Escrevi o depoimento abaixo por volta de 1996:

Raul foi uma pessoa muito especial para mim. Não só para mim mas para todos aqui em casa, e acredito que para muitas outras pessoas também. Ele sabia transformar qualquer momento de tristeza em extrema felicidade, sabia brincar nas horas certas, e só trouxe alegrias para nosso lar.

Não lembro de nenhum momento de tristeza enquanto ele esteve aqui. Com certeza ele era um espírito muito elevado, que apareceu para nos ensinar muita coisa. Sua linda gargalhadinha contagiava a todos! Seu sotaquezinho baiano era lindo! “Oxente, my love!” “Sou carioca, bichinho!”

Ele só ficou conosco durante 2 anos, mas esse pouco tempo serviu para nos mostrar um novo modo de ver a vida. Só temos a agradecer ao nosso querido Raulzinho! Obrigada por tudo, Raul! Te amo muitão, muitão, muitão, “infinito fatorial COM DÓLAR”* de vezes!

*Essa expressão foi falada pelo Raul porque ele me ouvia falando que amava a mamãe “infinito fatorial” de vezes. Ele entendeu que essa expressão significava alguma coisa muito grande e, como na época o dólar estava em alta e ele ouvia muito falar dele como uma moeda fortíssima, ele falou “eu amo a mamãe infinito fatorial com dólar”, usando esta expressão para dar mais ênfase ainda do que eu.

Raul e mamãe

Raul e mamãe

E o texto abaixo foi escrito por mim alguns dias depois que ele se foi:

Éramos quatro. Até o dia 26/08/92, quando tornamo-nos cinco. Cinco pessoas unidas pelo amor. Cinco pessoas unidas pela alegria contagiante da última que chegou. Um serzinho muito especial e carismático: Raul. A partir desse dia nosso lar foi só alegria, felicidade, brincadeiras, gargalhadas. Ninguém conseguia ficar perto do Raul sem sorrir, seja por suas palhaçadas, ou até mesmo apenas pelo seu carisma. Por onde ele passava, deixava um rastro de felicidade. E vai continuar deixando esse rastro para sempre. Aqui, com sua lembrança de menino maroto, brincalhão e esperto. E agora, lá, no seu novo lar, com sua espontaneidade e sua linda gargalhada.

No dia 05/08/94, ele nos deixou materialmente, mas estará sempre nos nossos corações. Seremos cinco para sempre!

Raul, nós te amamos muitão! Esses dois últimos anos foram os melhores de toda nossa vida!

Raul e Mônica

Para quem não conheceu a história desse menininho tão especial, aqui vai um pequeno resumo: minha mãe era voluntária no INCa (Instituto Nacional do Câncer), e ia lá uma vez por semana para brincar com as crianças que estavam internadas. Lá ela conheceu o Raul – e foi amor à primeira vista de ambas as partes. Raul morava em Salvador e estava fazendo tratamento no Rio de Janeiro. Sua irmã precisava voltar para Salvador, mas o Raul precisava continuar seu tratamento no INCa, e nossa família resolveu adotá-lo. Ele tinha 4 anos quando foi para a nossa casa, e faleceu aos 6 anos. Foram 2 anos de muito aprendizado e amor com aquele baianinho lindo!

Raul

Raul

Obrigada, Raul, por todos os sentimentos bons que você deixou para nós e perduram até hoje! Te amamos muito!

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23 comentários
 
  1. José Matos 5 de agosto de 2021 at 10:36 Responder

    Muita saudade do muito amado baianinho!

  2. Maselia 28 de outubro de 2013 at 16:30 Responder

    Vc já leu: O Menino do Dedo Verde.???? eu acho que Raul era ele! E UM ANJO! BJS.

    • Mônica Japiassú 28 de outubro de 2013 at 16:36 Responder

      Não li, Maselia, mas agora fiquei com vontade de ler. 🙂 O Raul era um anjinho mesmo! Obrigada pelo comentário. B-jim!

  3. selene 21 de outubro de 2013 at 10:28 Responder

    Nossa Mônica sua família é completa viu. Numa época em que a internet as vezes é usada pra certas bobagens vcs conseguem mostrar como nos dias de hoje a família ainda tem muitos valores. Assim como a sua. A internet pra vcs é uma ferramenta de contribuição em nossos lares com as informações valiosas de amor ao próximo ( tão extinto hoje) de união, respeito, de educação e até educação financeira e agora a ajuda que vcs deram ao Raulzinho. Que linda história. Que exemplo de seus pais, lindo. Por isso vc é assim e suas filhas tbm serão graças ao seu amor sua estrutura familiar e a do Celinho tbm que é um pai e um marido 1000. Parabéns!!!!!!!!!!!! Vcs conseguem ainda no mundo de hoje mostrar que o consumismo, a preocupação com coisas materiais são sencundários e o AMOR prevalece. A solidariedade, a compaixão e ainda não tem preconceito com nordestinos. Sou nordestina. Beijos família linda. Celinho, Mônica, Amanda, Letícia, Vô Zé, Vó Lucia, os pais de Celinho e irmãos e Pais de Mônica e Irmão. selene

    • Mônica Japiassú 21 de outubro de 2013 at 15:51 Responder

      Muito obrigada pelo carinho de sempre e pelas belas palavras, Selene! 🙂 Certamente você também tem uma família linda e de bom coração! B-jão!

  4. alethea 19 de outubro de 2013 at 09:21 Responder

    Nossa, que história linda!! E que gesto lindo sua família teve ao adotá-lo, mesmo sabendo que poderia não vencer a doença. Foram 2 anos intensos p/ vcs, e como nada é por um acaso, terminou de cumprir a missão dele ao lado de vcs, trazendo, com certeza, muitas e muitas alegrias e transformações não é? Bjs, parabéns por esta homenagem tão linda!

    • Mônica Japiassú 21 de outubro de 2013 at 15:51 Responder

      Isso mesmo, Alethea, somos gratos por termos participado da breve missão do Raul aqui na Terra! 🙂 Obrigada pelo carinho! B-jão!

  5. Cinthia 19 de outubro de 2013 at 08:16 Responder

    Que lembrança bonita!! Eu lembro muito dele, era uma criança feliz!!Vcs amaram muito ele, e ele com certeza ama vcs aonde estiver…

    • Mônica Japiassú 21 de outubro de 2013 at 15:52 Responder

      Este post também foi muito bom para relembrarmos quanta gente fora de nossa família também foi atingida pela alegria do Raulzinho! Obrigada, Cinthia! 🙂

  6. Giseli Freitas 18 de outubro de 2013 at 22:26 Responder

    Que história “infinito fatorial com dólar” linda!!! 🙂 Viva o Raul e as lembranças maravilhosas q ele plantou e floresceram!

    • Mônica Japiassú 18 de outubro de 2013 at 22:38 Responder

      Hehehehe! Gostei do comentário, Giseli! 🙂 Obrigada! E viva o Raul!

  7. Dedéia 18 de outubro de 2013 at 20:06 Responder

    Nossa, Mô! É uma história muito linda! Dá realmente pra perceber o quanto vcs o amam! Viva o Raul!

    • José (pai da Mônica) 18 de outubro de 2013 at 21:08 Responder

      Tivemos um amor muito forte pelo Raul, como se ele fosse nosso filho de verdade (meu e da Lúcia) e irmão (da Mônica e do Alexandre)!

    • Mônica Japiassú 18 de outubro de 2013 at 21:42 Responder

      Viva! 😀

  8. ANDREZA F TRIVILLIN 18 de outubro de 2013 at 18:44 Responder

    Ai, Monica Que estória triste. Que bom que puderam ter a companhia dele nesse tempo. Com certeza ele foi grato pelo que fizeram por ele. Abraço

    • Mônica Japiassú 18 de outubro de 2013 at 21:42 Responder

      Andreza, ficamos tristes quando ele se foi sim, mas a alegria e o amor que ele nos trouxe foram tão grandes, que a tristeza foi passageira, e hoje não nos lembramos disso tudo como uma história triste, mas sim como uma história de amor. 🙂

  9. Viviane Japiassú Viana 18 de outubro de 2013 at 15:22 Responder

    Não importa o tempo que passou, faz mais quase 20 anos que ele foi e lembrar dele e de tudo o que vivemos ainda mexe muito comigo e fica difícil não chorar. Chorar de emoção, de alegria e de saudade! Raulzinho, meu priminho, meu irmãozinho, te amo!!!

    • José (pai da Mônica) 18 de outubro de 2013 at 21:10 Responder

      Também choro pelo Raul até hoje, Vivi!

    • Mônica Japiassú 18 de outubro de 2013 at 21:40 Responder

      Que lindo, prima! A história dele é emocionante mesmo. :~)

  10. Lúcia Japiassú 18 de outubro de 2013 at 10:03 Responder

    Estou sem palavras…que saudade do meu baianinho! Ficou a certeza que ele deve estar num lugar muito especial, irradiando amor por onde passa. Raulzinho,”te amamos infinitol fatorial com dolar”.

  11. Cris Mendes 18 de outubro de 2013 at 09:43 Responder

    Que história linda! Me emocionei! Com certeza a sua família foi muito importante para o Raul também!

  12. José (pai da Mônica) 18 de outubro de 2013 at 09:20 Responder

    Muita saudade do meu filho!

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