Conversando com a Amanda
A Amanda está muito tagarela, fala pelos cotovelos. Porém, o que a gente não contava era ela se metendo de sola em conversas entre eu e a Moniquinha. 🙂
E não pensem que é coisa bobinha não, quando menos esperamos, após trocarmos meia dúzia de frases, a Amandinha interrompe perguntando “Que foi papai?” para entender melhor a conversa, percebe certinho quando estamos falando dela e entende na maioria das vezes o contexto. O mais gostoso dessa fase é ver como ela enxerga o nosso mundo com tudo que ela aprendeu.
Por exemplo: ontem falamos um para o outro que a lâmpada da sala queimou e ela virou e perguntou “Ela pegou fogo, mamãe?”.
Como tudo que é bom na vida, há as contra-indicações. Nesta história as interrupções da Amandinha têm sido constantes, praticamente impossibilidanto eu e a Moniquinha de conversarmos por mais de 2 minutos algum assunto nosso. E nós respeitamos muito essa necessidade dela e nos esforçamos para dar atenção e puxar assunto e conversas com ela sobre seu dia.
Bom, como um cobertor curto, nós cobrimos um lado e o outro ficou descoberto: e agora?
É muito gostoso ver que nossa filhinha querer participar de todas as nossas conversas e é bom mesmo conversar e sentir como é a percepção dela, assim como é muito irresistível conversar com a Moniquinha. Pensando nisso, ou seja, não abrir mão de nada e curtindo os momentos, tivemos uma idéia que já executamos duas vezes e deu certo.
Resumindamente é usar a Amanda como se fosse intermediária de nossas conversas, isto é, ao invés da Moniquinha contar o seu dia para mim, ela conta para a Amanda e eu fico escutando. Depois, ao invés de responder diretamente, respondo para a Amanda como se tivesse comentando simplesmente e a Moniquinha ouve, aí aproveito e falo algo a meu respeito.
Até agora só vimos vantagens pois nossas conversas ficaram mais contínuas, a Amanda participa e se sente super importante dando suas impressões das situações e nós dois fazemos um ENORME, salutar e divertido exercício mental de criatividade, pois temos que conversar colocando em uma linguagem que a Amanda entenda.
É claro que nem tudo pode ser dito. Alguns assuntos são evitados e deixados para depois, mas representam uma parcela pequena que podem ser compensados depois. Informações importantes que a criança possa falar para qualquer pessoa e comprometa a segurança, por exemplo, são inadequados, assim como outros que por interpretação da criança pode deixarnos em saia bem justa.
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