Amandinha engessada
Lembram-se do probleminha das dobrinhas assimétricas da Amandinha?
Relembrando, logo na primeira consulta pediátrica da Amanda, a pediatra viu que as dobrinhas das pernas dela eram assimétricas e falou para levarmos a Amanda numa ortopedista.
A ortopedista pediu um raio-x, que detectou que a Amanda tem displasia congênita do quadril (só agora que eu descobri esse nome! Hehheeheh!). Isso quer dizer que o ângulo que o fêmur faz com o quadril é maior do que deveria ser. Se não for tratado, o fêmur pode acabar encaixando de forma errada no quadril e a pessoa ficar com uma perna mais curta que a outra ou ocasionar uma luxação.
A ortopedista começou o tratamento da Amanda mandando colocarmos 2 fraldas nela durante a noite. Depois, passamos a colocar as 2 fraldas o tempo todo.
Durante esses meses todos, tiramos raio-x do quadril da Amanda algumas vezes (mais ou menos de 2 em 2 meses), e a cada vez que levávamos o resultado, a ortopedista media o grau entre o fêmur e o quadril da Amanda e via que estava diminuindo (ou seja, o tratamento estava progredindo). Segundo ela, normalmente o bebê nasce com 30 graus e deve chegar a 20 graus com 1 ano.
Na semana passada, minha mãe levou o resultado do último raio-x pra ela, e ela mediu 27 graus em uma das pernas. Como na penúltima consulta estava com 24 graus, ela disse que o tratamento regrediu. A causa foi que a Amandinha quer ser uma bebê adiantadinha e já estava quase andando. Nesses 2 últimos meses, ela ficava praticamente o dia todo em pé e andando (se segurando nos móveis), o que a fazia ficar com as pernas fechadas.
Então, a ortopedista falou que teria que engessar as perninhas da Amanda, pra obrigá-la a ficar com as pernas abertas.
Ficamos morrendo de pena dela, e resistimos um pouco a essa idéia. Telefonei pra ortopedista e ela me explicou o que já tinha explicado pra minha mãe. Eu insisti em perguntar se não havia outro tipo de tratamento, mas ela disse que na idade da Amanda, só gesso mesmo. E falou que achava melhor engessar agora do que depois que ela já estivesse andando totalmente solta. E ainda disse que as crianças se adaptam super rápido ao gesso, e dão o seu jeito de se locomover (se arrastando).
Além de ter essa conversa com ela, também procuramos na Internet sobre esse problema, e todas as páginas que lemos falavam que o tratamento é com gesso mesmo.
Então, nos conformamos e decidimos ser fortes, pra conseguirmos distrair a Amandinha e fazer o máximo pra ela não sofrer! Nada de ficarmos pensando “tadinha dela”, porque temos fé que ela vai se adaptar muito bem e que o gesso vai corrigir rapidamente o probleminha dela. Logo logo ela estará correndo por aí! 🙂
Hoje não fui trabalhar pra levar a Amandinha pra colocar o gesso. A ortopedista falou que ia tentar engessá-la sem dar anestesia, e nós fomos para o consultório imaginando que a Amanda não ia parar quieta de jeito nenhum, já que muitas vezes é um martírio pra trocar a fralda dela. Imaginem pra imobilizá-la!
Mas, graças a Deus e ao pirulito de morango que a ortopedista deu pra Amanda, ela ficou quietíssima, nos surpreendendo! Ela nunca tinha chupado pirulito, então tanto o objeto quanto o gosto eram novidade pra ela, aí ela se amarrou! Ficou se deliciando e se lambuzando com o pirulito, e ainda oferecia pra mim e pro médico que estava ajudando! Hehehehehe!
Bom, mas como ela teria que ser engessada mesmo, ao menos teria que mostrar que é minha filha e adora cor de rosa, né? Vejam só que charme! 🙂
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