Dinheiro sem fronteiras

Dinheiro  /   /  Por Mônica Japiassú

Desde o início do nosso casamento, utilizamos o conceito de dinheiro sem fronteiras: não existe o meu dinheiro ou o dinheiro dele, mas sim o NOSSO dinheiro, aquele que está à disposição da nossa família.

Para nós foi algo natural desde o começo, pois os dois pensavam da mesma forma: se formamos uma família, se queremos caminhar juntos, com objetivos em comum, para que separar os ganhos e gastos de cada um?

Sempre recebemos nossos salários em contas separadas, mas para nós não importa se o pagamento das contas da família vai sair de uma ou de outra – simplesmente sai da conta que tem dinheiro disponível. O que importa é que, juntos, temos a soma do dinheiro que há nas duas contas.

Mas e a individualidade de cada um, como fica? Continua intacta. Basta ter uma conversa e combinar como o casal vai tratar desse assunto para que os dois fiquem satisfeitos.

Nós dois, por exemplo, fizemos o seguinte combinado no início do nosso casamento (há quase 10 anos): cada um podia fazer compras de até R$20,00 por semana sem a necessidade de consultar o outro, preservando sua individualidade e decisão de compra. Para aquisições de valores maiores, tínhamos que conversar primeiro para, juntos, decidirmos se aquela compra era mesmo adequada para o momento.

Para isso, o casal deve primeiro conhecer suas finanças, para conseguir estipular o valor adequado que cada um pode gastar consigo mesmo. E, como em qualquer aspecto da vida conjugal, a confiança deve ser a base de tudo. Não adianta nada combinar um valor e depois os dois ficarem mentindo um para o outro.

Se, um dia, esse limite combinado for extrapolado, o melhor a ser feito é chamar o outro para conversar e explicar o que aconteceu, com muita sinceridade. E o outro deve ser compreensivo para entender que houve algum imprevisto ou até mesmo uma fraqueza, que será superada com a sua ajuda.

O mais legal é perceber que, com o passar do tempo, esse limite de valores que cada um pode gastar sem consultar o outro se tornará desnecessário, pois a confiança que um terá no outro será tão grande, e as finanças da família já estarão tão bem mapeadas, que as decisões de compra não serão mais um bicho de 7 cabeças e os dois poderão comprar qualquer coisa sem culpa alguma!

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9 comentários
 
  1. Renato Vilasboas dos Santos 31 de julho de 2013 at 21:09 Responder

    Em casa trabalhamos com as finanças em conjunto também, definimos um salário fixo no próprio orçamento e acrecentamos algumas regras como Receber um % sobre 13 salário e outras receitas de casa, assim todos sempre tem de vez em quando um salário maior e pode gastar com qualquer coisa sem a interferência do outro, deu muito certo, viajamos constantemente, compramos eletrônicos e tudo sem afetar as finanças de casa que estão de vento em poupa. Criei uma planilha financeira profissional que utiliza a contabilidade como meio para o controle financeiro e a utilizamos a 4 anos, a mesma está agora disponível para as famílias em http://www.bodhy.com.br, fica a dica !

    • Mônica Japiassú 31 de julho de 2013 at 22:12 Responder

      Legal, Renato! É muito bom termos cada vez mais pessoas trabalhando em prol da educação financeira para ajudar mais e mais pessoas! Parabéns pelo seu site, muito bom! Gostei muito da logomarca. 🙂

  2. Ana 1 de abril de 2013 at 22:26 Responder

    Aqui em casa sempre foi assim tambem, Monica. Sempre achei estranho casais que mantem contas separadas e dividem gastos da casa como num negocio. Pra mim, sempre foi meio obvio que a nossa renda era uma so, e nossos gastos tambem.

  3. Ana Carolina Carvalhido 20 de janeiro de 2013 at 14:44 Responder

    É, parece fácil lendo assim, rs. Vou enviar o link para meu marido ler, pois a decisão de tornar o dinheiro uma coisa so não pode ser unilateral, ele precisa concordar e estar disposto a isso. Espero que ele se interesse. Nem tenho muito o que reclamar sobre a questão financeira, mas acho que um pouco mais de planejamento e união vamos conseguir ficar menos apertados. Obrigada pela postagem! Beijos!!

    • Mônica Japiassú 20 de janeiro de 2013 at 15:07 Responder

      Heheheh! É, Carol, muitas vezes a teoria é mais fácil que a prática. O início pode acabar sendo difícil, mas depois, com a união dos dois em TUDO, o dia a dia fica bem mais natural e fácil. Estou torcendo para seu marido abraçar a ideia junto com você! Se precisar de alguma ajuda, estamos aqui! B-jim!

    • Carlos Marcelo Bianchi 21 de janeiro de 2013 at 01:36 Responder

      A decisão não precisa ser radical, pode ser gradativa e começar com sonhos comuns. Conversando com um colega nessa semana que passou, ele disse que ele e a esposa trabalha com conceito de “Centro de Custo”: o dele, o dela e o do casal. O importante é perceber que a união faz a força, juntos, podem ir além.

  4. Flavia Pelajo 18 de janeiro de 2013 at 21:08 Responder

    Adorei!

  5. Lilia Faria 18 de janeiro de 2013 at 10:15 Responder

    Vocês são demais. Eu precisava ler isso hoje. Muito obrigada mesmo. Vou adotar essa prática aqui, nem sempre é fácil, é natural. Mas vai ajudar com certeza 🙂 Beijos Lilia

    • Mônica Japiassú 18 de janeiro de 2013 at 11:32 Responder

      Obrigada, Lilia. Ficamos muito felizes por ajudarmos de alguma forma. Se tiver alguma dúvida ou quiser mais dicas, é só falar! B-jão!

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