Desde o início do nosso casamento, utilizamos o conceito de dinheiro sem fronteiras: não existe o meu dinheiro ou o dinheiro dele, mas sim o NOSSO dinheiro, aquele que está à disposição da nossa família.
Para nós foi algo natural desde o começo, pois os dois pensavam da mesma forma: se formamos uma família, se queremos caminhar juntos, com objetivos em comum, para que separar os ganhos e gastos de cada um?
Sempre recebemos nossos salários em contas separadas, mas para nós não importa se o pagamento das contas da família vai sair de uma ou de outra – simplesmente sai da conta que tem dinheiro disponível. O que importa é que, juntos, temos a soma do dinheiro que há nas duas contas.
Mas e a individualidade de cada um, como fica? Continua intacta. Basta ter uma conversa e combinar como o casal vai tratar desse assunto para que os dois fiquem satisfeitos.
Nós dois, por exemplo, fizemos o seguinte combinado no início do nosso casamento (há quase 10 anos): cada um podia fazer compras de até R$20,00 por semana sem a necessidade de consultar o outro, preservando sua individualidade e decisão de compra. Para aquisições de valores maiores, tínhamos que conversar primeiro para, juntos, decidirmos se aquela compra era mesmo adequada para o momento.
Para isso, o casal deve primeiro conhecer suas finanças, para conseguir estipular o valor adequado que cada um pode gastar consigo mesmo. E, como em qualquer aspecto da vida conjugal, a confiança deve ser a base de tudo. Não adianta nada combinar um valor e depois os dois ficarem mentindo um para o outro.
Se, um dia, esse limite combinado for extrapolado, o melhor a ser feito é chamar o outro para conversar e explicar o que aconteceu, com muita sinceridade. E o outro deve ser compreensivo para entender que houve algum imprevisto ou até mesmo uma fraqueza, que será superada com a sua ajuda.
O mais legal é perceber que, com o passar do tempo, esse limite de valores que cada um pode gastar sem consultar o outro se tornará desnecessário, pois a confiança que um terá no outro será tão grande, e as finanças da família já estarão tão bem mapeadas, que as decisões de compra não serão mais um bicho de 7 cabeças e os dois poderão comprar qualquer coisa sem culpa alguma!
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